sábado, 10 de novembro de 2007

Politicagem na Mídia

Isso é mais difícil do que pensara. Escrever especificamente parafraseando seus pensamentos, montar frases, idéias... Esquecendo um pouco dos ruídos da tristeza, materializando essa no texto como cargas pesadas que seguram folhas oficiais a manifestos. Só assim me sentirei feliz, quando conseguir.
Assisti há poucas horas atrás um documentário sobre o ônibus 174. Meu coração se dilacera diante dessa realidade miraculosamente ridícula. Uma realidade de um povo, ainda, pregoado nos vícios da individualidade, no berço material esquecido dos pobres. Arrancadas as lágrimas, restaram essa mão em busca de um manifesto, dessa voz em busca de um microfone revolucionário, de um povo querendo mudanças. Mas são poucos. Não entendemos nada, envergamos nossos verbos a tolerantes frases como: “socialismo é utopia, bagunça.” Já ouvi até em falar que nazismo, facismo e socialismo são tudo a mesma coisa. Como pode? São totalmente contrários. O nazismo e facismo perseguiram o socialismo. Coisas opostas podem ser iguais? Iguais em que?
Nossa verdade, como Picasso nos lembrara, possui diversas máscaras e faces. Jô Soares, burguês, inteligente, filho de papai, gordinho, bochechas rosadas, boa dicção, Arnaldo Jabor, Willam Boner, Faustão, Gugu, Sra. Veja... ixi... melhor parar por aqui. Até quando a alegação de que o socialismo é uma farsa e que não dará certo, se são os maiores prejudicados com a idéia socialista que aliena o povo. Se a crítica que sustenta o não contra o socialismo está baseada apenas na sua vontade de ganância, de lucro. O que Jabor ganharia se defendesse 1/5 da população mundial, favorecendo nossos irmãos africanos, explorados desumanamente pela miséria e pela pobreza? E Jô Soares, o que o gordo contrato empresário com a Globo o impede de fazer? Há mais mistério naquela caneca negra do que conhecemos. Os caras são inteligentíssimos, engraçados... só que até que ponto não gostamos de Marx porque os que possuem dinheiro nos fazem pensar em capitalismo, dinheiro e gasto? Uma cultura controvérsia. O socialismo sempre tentou se solidificar, mostrando que a planficação social reduz a ignorância, marginalidade... ostenta o respeito a todos os seres, sem distinções. Se ainda estás na dúvida infantil de que: mas existirão os parasitários... Não, não existirão... Uma política de fiscalização intensiva, justa e fiscalizada sempre pelo povo... Dando voz ao povo... É claro que temos que nos subjugarmos a um individuo, alguém inteligente e íntegro, mas não quer dizer que esse seja melhor e ganhará soldos maiores que os nossos. Coesão com Lógica. Se em Cuba não há isso, o socialismo deve ser adaptar conforme os ideais de seu povo. Se um povo é justo, que haja justiça.
Mas o sentimento de coesão social só será despertado quando abrirmos os olhos por completo e ver além do fumê dos carros que há pessoas com fome erguendo-nos as mãos. Enquanto isso... a morte de muitas pessoas acometeram. Talvez, quando chegar a você, atingir-lhe entre os peitos com uma notícia triste, um parente fazendo a passagem, você se incomode. Talvez não. A vida é assim: pessoas passam por nós, quando queremos apenas cheirar, sentimos o perfume, quando queremos olhar, admiramos a beleza, quando queremos ser cativo, enfeitiçamos, basta em tudo a vontade. Mas quando somos impedidos de rever aqueles que amamos, daqueles que criamos laços, vemo-nos nus e talvez mortos, também. Como dizia um espírito vizinho: Há algo entre vontade e êxito: uma vogal.

Prólogo, mais que logo.

Na prosa, a maestria das palavras formentam idéias conceptistas. Uma literatura tão difícil que só minha ansia desperada por ouvidos me faria falar algo assim. Quero curtir distâncias, frases, parágrafos. Meu outro espaço é mais que isso. O Microcósmico à poesia são os pigarros dos velhos sábios que só são ouvidos, quando espaçados por mensagens e histórias sábias. Minha poesia é o pigarro, que esconde algo fugidio e responsável. Até o pigarro dos velhos sábios são utéis: pois sem eles, curtiríamos uma frase decrescente pelo seu desfalecer. Não há desmerecimento na literatura, em seus diversos seguimentos, pois no final, ela se torna una e vitoriosa: aclama vibrações só atingidas quando ela é acionada. Um instropecto filosófico que pode ser dúbio: poesia e prosa, mas que comigo, marcapassar-las-ão unidas. E isso é viver. AgoraEuEraHerói e Postulando são minhas crias, nossas crias... pois toda sociedade por elas são responsáveis. Findo o prólogo, entremo-nos nos capítulos...