Numa viela escura, estremecida pela vontade da noite em esconder-se, estava só, meandros de vontade e desejo de oscular-me com a primeira ouvinte q desejasse escandalizar-se e outorgar com meus desejos.
Foi qndo parei. Orei e Olhei à Igreja que terminava este beco. Na sua construção assimetricamente barroca, conjunturei em contato com os mais altos anjos daquele edifício gótico. Nada mais ouvia, se ñ o zumbido da noite a cantarolar som de vitrolas velhas. Despedi-me das autoridades clericais e decidi comparecer ao ponto mais alto da Torre do palacete religioso.
Constergando e aparentando ser um homem de boa aparência, erguia a cada mãozada nas pedras daquela casa-divina que ao ápice cheguei antes mesmo que respirar pela segunda vez.
Tamanha beleza me atraiu daquela cena q estava eu conjurado a poucos minutos, quando percebi, que não era simplesmente uma viela e sim, meu sepulcro.
Limpei-me das areias, agora conscientes de suas presenças e desejei jogar-me de volta àquele lugar. Foi quando de fato morri.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
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5 comentários:
É inevitável não questionar: o que é morrer? O que é estar vivo?
É ter nas mãos o breve momento, o sopro da vida? E perdê-lo quando se ergue a cabeça e vê a construção, comprimindo o ar?
Será? Não sei...
Me diz...
E a morte, que cara tem?
Às vezes olho para as crianças mudas e telepáticas do Ney, para o muro de hipocrisia do Lulu, para a televisão, enfim, do Tesla, e penso ver ali, transmitidas naquelas imagens, várias caras diferentes da morte. Nunca fiquei satisfeita, contudo. Talvez você tenha a prova viva da morte.
Ademais, eu acredito em você, Fernando. Trata-se de uma psicografia de uma pessoa desencarnada consciente, relatando seus momentos pós-morte física, esta tendo se consumado no momento em que ela entendeu sua condição.
Agora me diga, e a parte 2 da história pós-morte de João?
Texto de primeiríssima qualidade!
Não sei se consigo ser sucinto, ou abranger o tópico, mas está vivo é deixar brotar as coisas boas que Deus nos deu, como, paz, alegria, caridade, bondade, fidelidade, amor, etc...sem que isso seja de fato uma obrigação e sim, virtudes. Quando passamos a olhar para nós mesmos, com os nossos problemas, e impedimos que essas virtudes floresçam, começamos apresentar sinais de morte. Morte para me é ausência dessas virtudes.
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